segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Positivo Premium N8820 aposta no SSD

O N8820 veio para satisfazer quem está sedento por um notebook portátil mas não abre mão de uma tela um pouco maior e de uma configuração mais forte. Mesmo sem placa de vídeo dedicada, esse Positivo impressiona pela agilidade do drive de memória flash (SSD). Ele fez 9878 pontos no teste PCMark Vantage, enquanto outra máquina quase idêntica, com HD no lugar do SSD, atingiu 5909. Mas esse tipo de disco também tem suas limitações: há pouco espaço para arquivos.
O tempo de acesso de arquivos de um SSD é bem mais curto do que de o de um HDD convencional porque esse tipo de drive não depende de mecanismos móveis como a cabeça de leitura que se movimenta sobre o disco magnético. Essa diferença não aparece apenas nos benchmarks. Máquinas com SSD, como o N8820, são perceptivelmente mais rápidas do que computadores com HDD para iniciar o sistema operacional.
Como dizíamos, a principal desvantagem está no preço elevado que acaba restringindo o espaço de armazenamento disponível para o consumidor final. No caso desse notebook da Positivo, o drive tem capacidade para 180 GB de informação, que é uma quantidade bem razoável para um SSD. A questão, no entanto, é se utilizar SSD faz sentido em um notebook médio ou não. A escolha entre HDD e SDD não faz muita diferença no quesito portabilidade para um computador desse porte: o Premium N8570 equipado com um HD de 750 GB pesa os mesmos 2,23 kg do N8820. O uso mais eficiente de energia pelo SSD também não foi suficiente para se traduzir em um ganho de tempo de duração de bateria.
No final das contas, a decisão entre um e outro depende do quê exatamente o usuário espera do notebook. Se você pretende sempre tê-lo consigo para uso de internet e do pacote Office, o SSD pode ser mais vantajoso por sua estabilidade e rapidez. Mas, caso você prefira deixá-lo em casa para assistir filmes, o HDD é a melhor opção por conta da sua maior capacidade de armazenamento. De uma forma ou de outra, o SSD não deixa de ser um diferencial pois poucos notebooks com tela de 14” ou mais utilizam esse tipod e drive.
Fora o dilema do disco, o N8820 é quase um irmão gêmeo do N8570. Ambos tem uma configuração baseada em um processador Core i5 2410M. Com dois núcleos a um clock de 2,3 GHz, esse circuito não é o mais potente nem o mais apto para multitarefa dentro da família de processadores da Intel. Ainda assim, trata-se de um processador rápido o suficiente para a grande maioria das atividades.
Como o N8820 não possui placa de vídeo dedicada, o processamento gráfico fica a cargo da Intel Graphics HD 3000 mesmo. Estamos falando de um Sandy Bridge, logo o N8820 não titubeia diante de edição superficial de vídeos ou de jogos que não utilizam gráficos pesados. Quanto à RAM, a Positivo optou por uma quantidade que pode ser considerada um tanto exagerada: 6 GB. Não há nenhum mal em ter mais RAM, muito pelo contrário, mas toda essa memória tem pouca serventia no conjunto do hardware, que parece ter sido projetado para suprir necessidades mais básicas. É difícil imaginar como o usuário de um computador com processador dual core e sem placa de vídeo poderia ocupar 6 GB de RAM em uma situação normal. Afinal, já superamos a fase do Windows Vista.
Mas vamos aos resultados dos benchmarks. Rodar o PCMark7, que avalia o desempenho geral do hardware com o Windows 7, rendeu 3675 pontos ao N8820. Já o 3DMark06, que mede o desempenho gráfico gerenciado pelo DirectX9, conferiu 4749 pontos ao notebook. Ambas são marcas excelentes para a categoria, além de deixarem claro que, pelo menos em termos de resultados de benchmarks, os 6 GB de RAM fazem diferença. Felizmente, o N8820 não é apenas uma máquina para criar barras longas nos gráficos: ele também proporciona uma boa experiência de uso.
Seguindo o bom exemplo da configuração, a conectividade desse notebook não apresenta nenhuma deficiência. O N8820 tem 3 portas USB, uma das quais é mista com eSATA. Seu leitor de cartão é compatível com SD, MMC e MS. Já as conexões de rede são mediadas por Wi-Fi n, Bluetooth 3.0 e ethernet. O multimídia fica por conta de uma saída HDMI 1.4, de uma D-sub e de duas P2 para fone e microfone.
Falando em mídia, a tela de 14 polegadas (resolução de 1366 x 768) é boa, mas não tem nada de excepcional. O áudio, por outro lado, é bem decepcionante. Notebooks não costumam ser plataformas ideais para a reprodução de som, mas a potência do áudio do N8820 é especialmente baixa.
Passando para a interface física, essa máquina tem a vantagem de ser produzida por uma empresa brasileira e, portanto, vem com um layout de teclado adequado para nossa língua. As teclas merecem menção especial pelo formato de concha, que facilita a acomodação dos dedos. O touchpad é igualmente confortável devido ao amplo espaço disponível para gestos. Assim como o N8570, o N8820 possui botões sensíveis ao toque que controlam as funções de reprodução de mídia. Infelizmente, outro ponto que não mudou com relação ao N8570 é o modo como esses mesmos botões às vezes se recusam a reconhecer estímulos.
O N8820 não é exatamente leve, mas também não foge da média da categoria em termos de peso. Na verdade, o principal empecilho à mobilidade desse computador não é o peso e sim a bateria, que não obteve um desempenho elogiável nos testes. 72 minutos de Battery Eater foi o suficiente para esgotá-la.

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