quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

IBM constrói HD com apenas 12 átomos

 
Nova tecnologia é capaz de dispositivo capaz de armazenar informações binárias em seis pares de átomos
São Paulo - Pesquisadores da IBM  e do Centro para Ciência de Laser de Elétrons Livres, nos Estados Unidos, apresentaram um dispositivo capaz de armazenar informações binárias em seis pares de átomos.
Para se ter uma ideia, o seu computador armazena a mesma quantidade em um milhão de átomos. A tecnologia pode significar um grande salto no armazenamento de dados – e os pesquisadores podem ter quebrado a Lei de Moore com a nova descoberta.
Batizada em 1965 em homenagem a seu criador, Gordon E. Moore, um dos fundadores da Intel, a lei de Moore afirma que o número de transistores que podem ser colocados em um circuito integrado dobra a cada 18 meses. A lei é válida até hoje graças à produção de dispositivos cada vez menores.
No estudo, a equipe do IBM Research conseguiu armazenar um byte de informação em 96 átomos de ferro. Essa densidade supera em 100 mil vezes o melhor disco rígido ou flash drive disponível no mercado atual. Isso porque, atualmente, é preciso cerca de 1 milhão de átomos para guardar apenas 1 bit. Com a nova técnica, se torna possível guardar o mesmo bit em 12 átomos.
Os pesquisadores alcançaram o feito pois começaram a armazenar dados a partir de um único átomo e foram adicionando novos até conseguirem 1 bit. O maior desafio era manter esta unidade de informação estável, e evitar interações entre outros átomos que descaracterizassem a informação. No final, o número ideal acabou sendo 12 átomos por bit.
Processo - A menor unidade de informação em um computador é o bit. Ele transmite dados na forma de “1” e “0”, que podem ser entendidos como um botão de “liga” e “desliga”. Computadores comuns utilizam a magnetização para controlar esse código binário.
Para desenvolver essa nova memória, os pesquisadores utilizaram um material batizado de “antiferromagnético”. Ele é formado quando átomos de ferro são magnetizados com a ajuda de um microscópio de tunelamento. Ao alterar a orientação dos átomos, era possível dar a eles a característica binária – ou seja, é possível ler e gravar informações.
Em temperaturas bem frias, 12 átomos são suficientes para conseguir reter informação. Em temperatura ambiente, a escala aumenta para 150 átomos de ferro, os quais, quando magnetizados, retêm 1 bit de dados. Mesmo com um número maior, esse valor ainda é algo em torno de 10 mil vezes mais eficiente que a tecnologia atual.

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