Prós
Boa configuração; tela de qualidade; som mediano;
contras
Não tem USB 3.0; acabamento poderia ser mais sólido;
conclusão
O P430 é um notebook de 15,6” disfarçado de
notebook de 14”; se você está apenas interessado em poder de fogo, ele
oferece uma das melhores relações entre custo e benefício das máquinas
que já testamos;
ficha técnica
- Tela de 14”
- Intel Core i7 2620M 2,7 GHz
- 4 GB
- HD de 640 GB
- GeForce GT520M 1 GB
- DVD-RW
- 1,9 kg
- Windows 7 Home Premium
- 1h09min de bateria
O modelo de 14 polegadas da LG une boa configuração e visual
interessante. A combinação de processador Core i7 com placa de vídeo
dedicada proporcionaram ao P430 os melhores resultados da categoria nos
testes do INFOlab com simulações de uso de aplicativos e jogos. O outro
lado da moeda é a autonomia de bateria, abaixo da média. É uma pena não
ter portas USB 3.0.
Máquinas de 14 polegadas não costumam ter
espaço interno para abrigar uma bateria muito grande, o que leva muitos
fabricantes a dispensar circuitos mais potentes, que demandam
eletricidade. É esta escolha que explica a hegemonia do Core i5 2410M
(um processador mediano) entre notebooks dessa categoria. Mas o P430 que
avaliamos aqui é uma rara exceção. Na balança que opõe a performance à
duração da bateria, a LG deu preferência à primeira. O processador dessa
máquina está próximo do topo da cadeia alimentar das CPU da Intel:
trata-se de um Core i7 2620M. Sim, dentro da família de processadores
Core i7, o 2620M é um dos caçulas, mas essa condição não o impede de ser
superior às CPU da maioria dos notebooks de 14”. Com dois núcleos que
rodam a uma frequência básica de 2,7 GHz (o Turbo Boost pode elevar esse
número a até 3.4 GHz para um núcleo), ele só titubeia em situações
extremas.
Além do processador incomumente poderoso, o P430 traz
em si outro componente raro entre as máquinas de 14 polegadas: uma placa
de vídeo dedicada. Claro, a GeForce 520M que habita esse notebook é uma
GPU de entrada tão básica para os padrões atuais que boa parte dos
usuários não percebe a diferença entre ela e a GPU integrada dos
processadores da Intel. Por outro lado, a memória extra que vem com a
placa (1 GB de GDDR3) pode fazer a diferença entre a vida e a morte
vituais de fãs de jogos que utilizam muitas texturas simultâneas, como
Metro 2033 ou Shogun 2. A 520M provavelmente não será de grande ajuda
para usuários interessados em GPGPU, mas ela tem suporte a CUDA e OpenCL
como boa parte das placas recentes da Nvidia. Em outras palavras, a
520M pode ajudar a acelerar a conversão de um arquivo de vídeo ou a
melhorar o frame rate nas cenas mais caóticas de um jogo como Diablo 3.
A
LG também fez algumas opções interessantes ao planejar a implementação
da memória nesse notebook. O HD utilizado é relativamente lento (5.400
RPM), mas contém mais espaço que a média (640 GB). Quanto à RAM, o P430
opera com os mesmos 4 GB de sempre com uma diferença bem curiosa:
enquanto a maioria dos fabricantes instala duas placas de 2 GB, as a LG
escolheu utilizar apenas uma placa de 4 GB. Por um lado, isto quer dizer
que o P430 é mais lento de que a média no que diz respeito à memória,
pois o uso de mais de uma interface de RAM leva a uma banda de memória
maior, para não falar nas outras vantagens proporcionadas pelo
dual-channel. Por outro lado, quem quiser expandir a memória pode
economizar um pouco de dinheiro. Em vez de desperdiçar duas SODIMM de
2GB, pode-se simplesmente comprar outra placa de 4 GB.
Embora a
configuração do P430 esteja indubitavelmente acima da média, a nota da
máquina no teste de desempenho geral não foi tão impressionante. Ao
avaliar a rapidez com que os aplicativos do Windows 7 rodam no notebook,
o benchmark PCMark 7 chegou a um resultado pouco acima da média: 2.050
pontos. A questão da memória (HD lento e RAM sem dual-channel) foi
provavelmente um dos gargalos de performance que abaixou a nota da
máquina. O desempenho gráfico, por outro lado, foi um dos melhores que
já medimos. O 3DMark 11, que julga a competência da máquina para
processar gráficos baseados no DirectX 11, concedeu 563 pontos ao P430.
Benchmark PCMark 7 (em pontos)Barras maiores indicam melhor desempenho
Positivo Premium N8820
3.675
Megaware Meganote Volcano
2.268
Positivo Master N170i
2.244
Itautec Infoway Note W7535
2.223
Asus A43E VX049R
2.162
HP Pavilion dm4-2095br
2.137
MSI FX420
2.093
LG P430 K
2.050
Sony Vaio VPC-EG17FB
1.792
LG P420 5454
1.701
Benchmark 3DMark 11 (em pontos)Barras maiores indicam melhor desempenho
MSI FX420
640
HP Pavilion dm4-2095br
564
LG P430 K
563
Sony Vaio VPC EG17FB
497
Para
um notebook de entranhas tão surpreendentes, o P430 é bem modesto no
seu exterior. As conexões que flanqueiam a máquina são as de sempre:
três USB, uma Gigabit Ethernet, um leitor de cartão (compatível com xD,
SD, MMC, MS e MS Pro), uma HDMI, uma D-sub e duas P2 para fone e
microfone. Com exceção do leitor de cartão poliglota, que, por si só,
não faz muita diferença, as conexões do P430 têm “notebook
intermediário” escrito por toda sua extensão. Claro, ele também oferece
Wi-Fi, Bluetooth e um drive de DVD-RW, mas não há nada de especial
nisso. É uma pena. Uma máquina de configuração tão boa merecia pelo
menos uma USB 3.0.
Tal modéstia no campo das conexões se alastrou
para o design. Naturalmente, o P430 que avaliamos aqui (P430 K.BE44P1)
tem a mesma carcaça dos outros notebooks da linha. Trata-se de um design
simples e eficiente, todo feito em plástico, que cai bem em um
computador intermediário mas se torna um pouco decepcionante em uma
máquina com Core i7 e GPU dedicada. O acabamento é bom, mas poderia ser
melhor.
Como em tantos outros notebooks de 13”e 14”, as
restrições de espaço forçam o P430 a depender de atalhos com a tecla
AltGr para acomodar os símbolos “?” e “/”. Também achamos as teclas um
pouco resistentes demais ao toque, mas, pondo esses dois problemas de
lado, o teclado é bom. Não há muito o que comentar a respeito do
touchpad, que cumpre bem sua função e não oferece mais espaço para os
dedos que a média da concorrência. Ainda assim, apreciaríamos uma
divisão física mais clara entre a superfície sensível ao toque e o resto
da carcaça.
A LG é uma tremenda fabricante de LCD, tanto em
termos de quantidade quanto de qualidade, e essa excelência transborda
para seu outros produtos, incluindo os notebooks. A tela do P430 não
chega a ser extraordinária, mas certamente agrada os olhos com seus
amplo ângulo de visão e cores fieis. Enquanto o sistema de áudio não nos
satisfez tanto quanto a tela, devemos reconhecer que ele tem seus
pontos fortes. Não espere ouvir nenhum grave intenso saindo do P430 pois
essa máquina parece ter se especializado na reprodução de sons agudos,
que quase não distorcem mesmo em volumes bem altos.
Por todas as
suas vantagens, a boa configuração do P430 leva a uma falha quase fatal a
qual aludimos no início da resenha: a bateria dura pouco. Nosso teste
com o benchmark Battery Eater revelou que essa máquina aguenta apenas 69
minutos de uso intenso, uma das piores marcas que já observamos nos
testes com notebooks dessa categoria.
Duração da bateria em uso intensoBarras maiores indicam melhor desempenho
Positivo Master N170i
2h05min
Megaware Meganote Volcano
1h57min
Itautec Infoway Note W7535
1h55min
Sony Vaio VPC-EG17FB
1h49min
LG P420 5454
1h34min
Asus A43E VX049R
1h18min
HP Pavilion dm4-2095br
1h16min
Positivo Premium N8820
1h12min
LG P430 K
1h09min
MSI FX420
0h59min